são curtos dias de alongar
gelos que a manhã desperta
vento que solta estranho grito
silvo de dor desfeita em água fria
abrem-se as mãos ao sol do dia
para amanhã a vida se enrolar
casulo que espera borboleta
o canto cinza do amanhecer
embala a melancolia da terra
dormente, deitada em silêncio
sabendo o segredo que o ventre
carrega onde o frio não chega
esperança calada da semente
doçura verde do renascer
Lique dixit
19 fevereiro 2006
20. Tempo de Inverno
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1 comentário:
eu adorei esse poema de Lique. tinha certeza que ia encontrá-lo aqui. ;)
um big beijo.
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